segunda-feira, 16 de novembro de 2020


Emily Dickinson (1830-1886)


Não temos de ser Quarto — para existir Assombração —

Não temos de ser Casa —

O Cérebro tem Corredores — excedem

O Espaço Material —

 

Mais seguro é a meio da Noite Encontro

Com Fantasma exterior

Que Confronto interior —

Com aquele Hospedeiro Gélido.

 

Mais seguro é galopar por Conventos,

Pedras tumulares em nosso encalço —

Que encontrar-se Desarmado perante si —

Em sítio isolado —

 

O nosso Eu oculto em nós —

Assustar-nos mais deveria —

Assassino escondido em nosso aposento

É Horror bem menor.

 

O Corpo — de Revólver empenhado —

Dispara sobre a Porta —

Descurando espectro de assombro —

Ou Pior 


____________________________________________________________________


One need not be a Chamber—to be Haunted—
One need not be a House—
The Brain has Corridors—surpassing
Material Place—
Far safer, of a Midnight Meeting
External Ghost
Than its interior Confronting—
That Cooler Host.
Far safer, through an Abbey gallop,
The Stones a’chase—
Than Unarmed, one’s a’self encounter—
In lonesome Place—
Ourself behind ourself, concealed—
Should startle most—
Assassin hid in our Apartment
Be Horror’s least.
The Body—borrows a Revolver—
He bolts the Door—
O’erlooking a superior spectre—
Or More—





Sem comentários:

Enviar um comentário