Emily Dickinson (1830-1886)
Não temos de ser Quarto — para existir Assombração —
Não temos de ser Casa —
O Cérebro tem Corredores — excedem
O Espaço Material —
Mais seguro é a meio da Noite Encontro
Com Fantasma exterior
Que Confronto interior —
Com aquele Hospedeiro Gélido.
Mais seguro é galopar por Conventos,
Pedras tumulares em nosso encalço —
Que encontrar-se Desarmado perante si —
Em sítio isolado —
O nosso Eu oculto em nós —
Assustar-nos mais deveria —
Assassino escondido em nosso aposento
É Horror bem menor.
O Corpo — de Revólver empenhado —
Dispara sobre a Porta —
Descurando espectro de assombro —
Ou Pior —
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